Qual carro novo comprar em 2022?

O ano de 2021 teve alguns lançamentos automotivos, porém ficou mais marcado pela quantidade de veículos que deixaram o nosso mercado, encerrando sua produção ou importação aqui no Brasil.

Já 2022 deverá receber muitos modelos novos, alguns que nunca foram vendidos por aqui, outros em nova geração, e também aqueles que já foram ofertados em terras brasileiras no passado e voltam renovados.

Confira os melhores carros que devem chegar ainda este ano!

Ford Maverick 

No passado a Ford já ofertou por aqui o Maverick, que concorria com o famoso Chevrolet Opala. Esse nome deve retornar em breve ao nosso país, mas agora em um veículo completamente diferente do anterior.

Maverick agora será o nome de uma picape, criada pela Ford principalmente para concorrer com a Fiat Toro, que faz um sucesso muito grande desde o seu lançamento, em 2016. 

Algumas informações já foram reveladas em um evento presencial que a montadora americana realizou para os jornalistas brasileiros. 

A motorização, por exemplo, já foi confirmada: ela será equipada com um propulsor 2.0 turbo à gasolina, praticamente o mesmo do Bronco Sport. Entretanto, ao invés de 240cv, provavelmente a Maverick terá uma recalibração para render 253cv, com os mesmos 38 kgfm de torque. 

 

A tração é AWD, que significa All Wheel Drive, ou seja, todas as rodas tracionam. 

A picape será ofertada apenas na versão Lariat FX4, e seu preço estimado é de R$235.000, um valor que fica bem acima da versão de topo da rival italiana Toro.

Fiat Argo e Cronos 

A dupla de compactos da Fiat já é vendida no mercado brasileiro há alguns anos, mas em 2022 eles deverão receber novidades importantes. 

Neste ano o Proconve L7 entrou em vigor, trazendo normas mais rigorosas em relação às emissões de poluentes. Essa maior exigência tirou muitos modelos de linha, pois eles já estavam com motores antigos que não se enquadram na nova lei.

O mesmo aconteceu com as versões mais caras de Argo e Cronos, que ainda eram equipadas com o velho motor 1.8 E.torQ de até 139cv e 19,2 kgfm, em conjunto com o câmbio automático convencional de 6 velocidades. 

Na linha da Fiat o Pulse foi responsável por inaugurar um conjunto mecânico composto pelo motor 1.3 FireFly e pela transmissão automática do tipo CVT (Transmissão Continuamente Variável) que simula 7 marchas. Recentemente esse powertrain passou a ficar disponível também na picape compacta Strada, e provavelmente também equipará o hatch e o sedan. 

Ainda não se sabe se a montadora italiana lançará versões com o novo motor 1.0 T200 (Turbo Flex), que também estreou no Pulse e rende até 130cv de potência com 20,4 kgfm de torque. Neste caso a transmissão também é CVT de 7 marchas simuladas.

Peugeot 208

Já que falamos dessa nova motorização desenvolvida pela Fiat, vale ressaltar que o hatch compacto-premium da Peugeot também deve receber o 1.0 turbo. 

Pode parecer estranho dois carros de marcas diferentes utilizarem o mesmo conjunto mecânico, mas isso é comum, ainda mais considerando que a marca francesa e a italiana agora pertencem ao mesmo grupo, chamado de Stellantis e que também inclui Jeep, Citroën, Chrysler, Dodge e RAM aqui no Brasil. 

O novo powertrain certamente fará muito bem ao 208, já que seu atual motor 1.6 aspirado acaba trazendo uma tecnologia mais atrasada que os modernos propulsores turbos.

Honda City Hatchback 

Há alguns meses a Honda lançou a nova geração do City, que chegou nas concessionárias em janeiro desse ano. Porém, a grande novidade do modelo atualizado é que agora há uma variante hatchback, eliminando o Fit do catálogo da montadora japonesa. 

Como dissemos, o City Sedan já está sendo entregue, mas a versão hatch ainda não iniciou a sua pré-venda, o que significa que os preços ainda não foram revelados. Provavelmente os valores não deverão ser muito diferentes quando comparados à versão sedan.

A diferença é que o modelo mais curto não deverá ter a configuração de entrada, chamada de EX (R$108.300 no sedan). O City Sedan é vendido por R$114.700 na alternativa EXL e R$123.100 na Touring, ambas com motor 1.5 aspirado de até 126cv e 15,8 kgfm, juntamente com o câmbio CVT. 

Além das alterações positivas no design e no acabamento interno, outro grande destaque do novo modelo é a adoção do pacote de segurança Honda Sensing, que inclui itens como piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência, sistema de permanência em faixa e farol alto automático. 

Volkswagen Tiguan Allspace 

Desde que chegou ao mercado brasileiro o Tiguan Allspace teve um bom comércio, considerando sua faixa de preços elevada e a baixa quantidade de versões, pois a última linha já não contava com as configurações 250TSI e Comfortline, que saíram da gama para dar lugar ao Volkswagen Taos. 

A montadora deixou de oferecer o modelo temporariamente, até a chegada da versão atualizada, que trará algumas mudanças no visual e adicionará mais equipamentos. 

Pouco antes de sair de linha ele era vendido na versão única R-Line 2.0 350TSI 4Motion DSG, por R$236.090. Com todos os opcionais disponíveis ela chegava aos R$247.280, e certamente o Tiguan Allspace ficará mais caro após o facelift.

Jeep Renegade

O Renegade é outro modelo que já existe no mercado brasileiro há alguns anos, e ao longo do tempo, apesar de algumas atualizações visuais, o SUV/Crossover compacto não mudou muito. 

Mudanças leves no design aconteceram novamente, mas agora a motorização finalmente foi atualizada. O Jeep também era equipado com o propulsor 1.8 E.torQ de origem Fiat, rendendo os mesmos 139cv e 19,2 kgfm.

Por ser muito pesado o Renegade nunca conseguiu um desempenho muito satisfatório, sendo duramente criticado nesse quesito, principalmente comparado aos rivais que já possuem motorização turbo, como T-Cross, Creta, C4 Cactus, Tracker e etc. 

Além de estar defasada em desempenho, essa motorização também não pode ser ofertada atualmente, por conta das normas de emissões que explicamos anteriormente. 

Um dos diferenciais do modelo era a oferta de versões com propulsor a diesel, que agora deixarão de ser vendidas devido a baixa quantidade de comercialização. De acordo com a montadora americana, elas representavam menos de 10% do mix de vendas. 

O motor agora será o mesmo do irmão maior Compass. Estamos falando do 1.3 T270 (Turbo Flex) de até 185cv e 27,5 kgfm. A transmissão segue sendo automática convencional de 6 marchas, mas para não deixar totalmente “órfãos” os antigos consumidores do Renegade Diesel, a Jeep venderá versões flex com tração 4×4 e câmbio automático de 9 velocidades, que utiliza a primeira marcha como reduzida. 

Algumas informações já foram reveladas, mas o novo Renegade ainda não foi completamente lançado. 

Volkswagen Polo e Virtus 

Tanto o hatch quanto o sedan da Volkswagen chegaram trazendo muita tecnologia, com equipamentos exclusivos que não haviam nos concorrentes, destacando principalmente o painel de instrumentos 100% digital de 10,25”. 

Como o Polo chegou em 2017 e o Virtus em 2018, ambos já estão um pouco desatualizados em relação aos principais rivais, pois ainda não contam com sistemas de condução semiautônoma, a exemplo do piloto automático adaptativo, do sistema de permanência em faixa e da frenagem automática de emergência. 

O design também já está ficando bem cansado, e por isso a próxima atualização deve alterar diversos elementos visuais, principalmente na dianteira.

Na Europa o Polo traz uma nova lanterna traseira que agora invade a tampa do porta-malas, mas flagras de uma unidade de testes brasileira mostram que em nossas terras ele continuará com a lanterna mais simples. Apenas a própria Volkswagen poderá confirmar quando lançar a nova gama do modelo. 

Os conjuntos mecânicos devem ser os mesmos oferecidos atualmente, o 1.6 MSI, 1.0 200TSI e 1.4 250TSI, com câmbio manual de 5 marchas ou automático de 6. 

Ainda não se sabe como ficará o design do sedan Virtus, mas tudo indica que ele trará uma identidade visual um pouco diferente do hatchback. 

Renault Kwid 

O subcompacto da montadora francesa só possui um concorrente em nosso mercado, que é o Fiat Mobi. Ambos perderam as versões mais básicas, que se enquadravam como únicas opções de modelos 0km abaixo de 50 mil reais. Por conta disso, agora os dois carros partem de praticamente 60 mil reais.

Pensando nisso a Renault aplicou atualizações no Kwid, que agora ficou mais um pouco mais refinado, tanto no visual quanto na lista de equipamentos.

Algumas atualizações foram realizadas na motorização, que ficou um pouco mais potente e agora rende um menor consumo de combustível, configurando entre os melhores do Brasil se desconsiderarmos os híbridos. 

Por mais que as versões de entrada de carros maiores (Onix, Argo, HB20…) possam ser opções mais vantajosas por preços parecidos, é verdade que o Kwid se tornou uma boa opção em seu nicho, principalmente pelos equipamentos a mais que não são vistos em nenhuma versão do seu rival, a exemplo das lanternas traseiras e DRL em LED, sistema start-stop, sensor de pressão dos pneus, controle de estabilidade e etc.   

Os preços atuais variam de R$59.890 na versão Zen 1.0 Manual e R$67.690 na Outsider 1.0 Manual. 

No lançamento da linha 2023 a montadora confirmou que uma versão elétrica do Kwid deve chegar em breve, a qual promete ser o carro 100% elétrico mais barato do Brasil!

Jeep Compass 

Além do novo facelift para o Renegade, a Jeep também pode trazer neste ano as versões híbridas do Compass, um de seus modelos mais vendidos no mercado automotivo brasileiro. 

O conjunto mecânico deve incluir o atual motor 1.3 turbo, mas aliado a um propulsor elétrico. Acredita-se que duas opções diferentes sejam ofertadas, uma delas sendo híbrida plug-in (possível carregar o sistema elétrico na tomada) com 240cv, e a outra, híbrida “convencional”, onde o próprio motor a combustão recarrega as baterias e que possivelmente irá gerar cerca de 200cv. 

Conclusão 

O mercado automotivo brasileiro possui muitos lançamentos programados para 2022, por isso a lista ficaria muito extensa caso mencionássemos todos eles. Todavia, estes estão entre as novidades mais aguardadas para este ano, que provavelmente deverão alcançar um bom número de vendas ou pelo menos serem boas opções de compra.

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