Obras de arte: super carros que ainda são feitos à mão

Quando paramos para entender os carros mais caros do mundo, logo percebemos que muitos deles ainda são feitos à mão. Não se trata de um atraso, obviamente, mas sim de uma escolha diferenciada com vistas à excelência.

Ou seja, em vez das esteiras industriais e dos braços mecânicos trabalhando 24h por dia, imagine algumas dezenas de artesãos super qualificados montando um Rolls-Royce, uma Lamborghini, um Bugatti, um Pagani ou um Bentley. 

Tem marca que segue esse processo há mais de um século, voltando sua manufatura ou artesanato para a tapeçaria, a pintura, a montagem ou mesmo o motor dos veículos. Confira!

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Rolls-Royce

Fundada em 1904, essa é uma das montadoras mais antigas do Reino Unido, hoje subsidiária da BMW. Seus elevados padrões de qualidade só podem ser garantidos com o carinho e zelo de cada funcionário.

Na produção de seus carros exclusivos, até o motor é feito à mão. Um exemplo é o Rolls-Royce Boat Tail, vendido por US$ 28 milhões e considerado o carro novo mais caro do mundo. Sua traseira fornece um jogo de cristais para piquenique de luxo.

Ele chega a contar com ouro e pérolas na tampa do porta-malas. Tudo isso é garantido por um grupo de designers e uma divisão de artesãos (a Bespoke) que tornam cada detalhe único, conforme os desejos de cada cliente.

Lamborghini

Fundada em 1963, desde 1998 ela faz parte da Volkswagen (além de ser subsidiária da Audi AG). Seu diferencial se volta sobretudo para a carroceria dos carros.

Um exemplo é o Aventador, cujos operários chegam a ficar duas horas em cada estação de trabalho, dando a devida atenção à infinidade de peças e partes que compõem o carro. 

De bielas e chicotes até peças de couro, tudo é feito com o maior cuidado. As telas e computadores ajudam de longe, apenas dando as coordenadas para os artesãos.

Bugatti

Fundada em 1909, hoje sua fábrica francesa localizada em Molsheim ainda concentra a parte criativa dos seus super carros em apenas 20 funcionários.

Um exemplo da marca é o famoso Chiron, que tem habitáculo (monocoque) feito de fibra de carbono, bem como a carroceria e até no acabamento interior. Além disso, todo o couro é desenvolvido por uma divisão da própria marca, que atua como um ateliê dedicado.

Bentley

Fundada em 1919, essa marca bateu recordes em termos de tempo de produção. Algumas das marcas citadas acima, mesmo com todo nível de detalhamento, chegam a fazer mais de 3 carros por dia. Por comparação, uma super fábrica da Tesla é capaz de fazer 2600 carros por dia!

A Bentley demora até 16 dias, graças em boa parte ao aporte de trabalho manual empregado, para produzir um único exemplar. Como os veículos são altamente customizados, só a pintura chega a demorar um dia inteiro (ou mais) para ser concluída.

A divisão Mulliner é o departamento interno que cuida dos pedidos mais detalhistas dos clientes. Ela foi a responsável pelo lendário R-Type Continental, fabricado nos idos de 1950, que até influenciou o recente Continental GT.

Pagani

Apesar de nova (fundada entre 1992 e 1998), essa marca logo se consagrou na área de carros de luxo, unindo tecnologia de ponta com excelência na área de fibra de carbono de alta qualidade.

Na verdade, aqui a fronteira com a arte é bem curta mesmo, como vemos na capota do Huayra Roadster. 

A inspiração veio de um desenho de Leonardo da Vinci, combinando fibra de carbono com juntas de titânio que recolhem o tecido, quando acionado. Tudo com base em desenvolvimento artesanal.

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