Como carregar o celular no carro: modos, mitos e verdades

Com o avanço da tecnologia automotiva, cada vez mais os carros dialogam com dispositivos como o celular. Para muitos, já é impensável falar em um veículo que não esteja conectado à internet.

Ou que não tenha, por exemplo, o Android Auto ou o Apple CarPlay. Por isso mesmo, falar nos modos como carregar o celular no carro é algo tão importante. Inclusive porque vários mitos se espalham sobre o assunto. Para entender melhor, siga adiante!

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Na era dos smartphones, sabemos que a função de fazer ligações é só um detalhe num oceano de aplicativos. Daí que a bateria do celular costume acabar tão rápido. E que a solução seja levar o fio do aparelho para carregar onde possível durante o dia.

Um dos principais modos de fazer isso é no nosso próprio carro. Ou no carro de um amigo que nos dê carona ou coisa parecida. Atualmente, até serviços de mobilidade ou transporte urbano como Uber, 99 e até alguns ônibus costumam contar com tomadas USB.

É aí mesmo que surge a dúvida: como carregar o celular no carro sem prejudicar o telefone? Afinal, temos o acendedor de cigarro, a tomada 12v, a entrada USB e até o carregamento por indução. Com os prós e contras de cada um, conforme detalhado abaixo. 

Faz mal usar cabo de carregador não original?

Primeiro, é preferencial contar com itens originais. Ou seja, carregadores específicos para o modelo do celular que está sendo carregado, seja qual for a plataforma. De modo que não é mito afirmar que itens “piratas”, paralelos ou genéricos são inviáveis.

Na verdade, eles podem comprometer o aparelho até quando carregados em casa. Ou seja, nem é questão de falar sobre carregar no carro ou não. Ocorre que esses acessórios têm uma oscilação de corrente muito grande.

Aí sim, tratando-se do uso no carro, eles podem queimar fusíveis ou mesmo causar danos maiores na parte elétrica. Portanto, é verdade que devemos evitar carregadores de baixa qualidade, sem marca ou vendidos na rua, sem procedência.

Qual a diferença entre acendedor de cigarros e tomada 12v?

Outro ponto comum de dúvida: acendedor de cigarro e tomada 12V não são a mesma coisa. O acendedor, ou isqueiro, se utiliza da corrente de 12V para aquecer e conseguir acender um cigarro. É aquela peça que fica encaixada sobre a tomada 12 volts.

De fato, o acendedor é capaz de atingir uma resistência bem maior em tempo menor. Mas logo depois ele desce, criança a oscilação que mencionamos acima. E que pode acabar impactando negativamente o aparelho.

Pode carregar celular no USB do carro?

Se o acendedor de cigarro foi descontinuado há uns bons anos, alguns já dispensaram até a tomada 12v. Tal como o cinzeiro, que tem dado lugar a porta-copos ou porta-objetos. Nesses casos, as marcas preferem uma ou duas entradas USB.

Contudo, é preciso observar que, embora a escolha possa ser mais moderna, não é necessariamente mais eficiente. Ela pode até facilitar e unificar as funções com outros dispositivos como GPS, certos aparelhos de som e afins.

Mas, na verdade, a carga de carregamento que uma porta USB pode fornecer a um celular é muito pequena. Isso porque o próprio sistema elétrico do carro não é voltado para isso. 

Isso quer dizer que a bateria e o alternador do veículo não agem tão bem por meio do USB. Assim, o carregamento certamente vai demorar mais. Além de também poder cair no vício do aquecimento, então fique de olho.

Evite a sobrecarga elétrica no carro

Aqui temos uma verdade e não um mito: é preciso parcimônia na hora de carregar o celular. Isso quer dizer que usar vários recursos elétricos ao mesmo tempo é realmente danoso. Tais como limpador de para-brisas, faróis, ar-condicionado e outros.

Usar tudo isso em paralelo pode dar uma sobrecarga no sistema elétrico. O mesmo vale para adaptadores que multiplicam uma tomada 12v em mais de uma entrada. Ou que adaptam o conector dela em mais de 2 USBs.

Evite o superaquecimento no carro

Quando falamos acima sobre sobrecarga, falávamos de um sinônimo para superaquecimento. No fundo, o que compromete a vida útil das baterias de lítio é, precisamente, o calor excessivo.

É aqui que todos os problemas citados acima se cruzam. No carregador paralelo ou genérico, porque aquece mais do que o modelo permite. No acendedor de cigarro, pelo mesmo motivo. Nas portas USB, porque aquecem ao demorarem mais para carregar.

Nos adaptadores e multiplicadores, por razão evidente. Tudo isso pode causar o superaquecimento que precisa ser evitado. Por isso mesmo, evite também deixar o aparelho trancado no veículo em dia de calor. Ou exposto à luz do sol durante o trajeto.

O que acontece se o celular carregar demais?

Existem alguns mitos sobre manter o celular conectado no carregador mesmo depois dos 100%. O mesmo ocorre em relação a fazer isso em casa. O que muitos dizem é que seria algo bom para a bateria.

Mas não é verdade. No fundo, deixar o celular conectado mesmo depois dos 100% é algo que também gera o super aquecimento citado acima. Portanto, dê a carga em dose correta, e isso aumentará a vida útil do seu celular.

Como funciona o carregamento por indução nos carros?

Se o acendedor foi superado pelas tomadas 12v e esta pelo USB, o que dizer do carregamento por indução? Certamente, eles são a ponta de linha quando o assunto é avanço tecnológico.

Mas será que eles são melhores, ou piores? Há vários mitos a respeito, que vão desde dizer que eles estragam o celular, até que interferem no GPS. Ou mesmo, que dão choque ou que fariam mal à saúde humana.

Todos esses boatos não passam disso: boatos. A verdade é que a tecnologia é segura e funciona bem. Contudo, ela demora mais tempo do que um conector tradicional, por isso é possível ocorrer um aquecimento acima da média. 

Então, é preciso ficar de olho para ver se o local não está esquentando muito. Novamente, vale também a dica de usar apenas dispositivos originais. Assim você fica sempre em dia com as devidas manutenções e cuidados indicados pelas fabricantes.