Motor retificado: afinal, isso compromete a qualidade do carro?

O motor do carro é, disparado, o elemento mais importante do seu desempenho. Por isso mesmo é que essa dúvida surge na cabeça de muita gente. Afinal, o motor retificado compromete a qualidade do carro? Confira!

Há outras pautas transversais ao assunto, que já aprofundamos aqui e podem ajudar. Por exemplo, a dos motores que não aceitam retífica. Afinal, eles representam uma evolução, ou mancada das montadoras? Ou ainda, a questão de o que é e como evitar a retífica.

Motor retificado: é algo ruim e contraindicado?

Todo mundo já deve ter ouvido falar que a retificação de motor compromete o carro. Mas acontece que isso simplesmente não é verdade. Ou pelo menos não é uma verdade absoluta, já que depende de ela ser (ou não) bem feita.

No fundo, qualquer reparo depende da qualidade do serviço, não é mesmo? Além disso, mesmo que um motor um pouco mais antigo tenha sido retificado, isso também não compromete sua qualidade final. Até porque, há carros novos que já foram maltratados, e antigos bem mais conservados.

No fundo, o que faz um carro ser viável e bem conservado, é o cuidado do dono. O que inclui recorrer a manutenções bem feitas, peças originais e, claro, leitura de manual e de especialistas da área. Assim é que se mantém um veículo em dia e com qualidade.

No caso da retífica do motor, vale lembrar que todas as peças que envolvem o processo são de fabricação da própria montadora. Ou seja, isso já é uma afirmação de que a retificação não é um problema em si mesmo, concorda? 

Então, basta exigir qualidade de peça e de serviço. Lembrando que as peças precisam ser originais, realmente novas, e conforme os padrões e até as medidas de cada motor. Tudo isso vai fazer com que o motor permaneça em seus parâmetros originais de fábrica.

Motor retificado: como saber se foi bem feito?

Além de seguir as indicações do manual e procurar um serviço que garanta as peças certas, o que mais fazer? Bem, há algumas dicas bem práticas, e que qualquer um pode fazer, a começar por reforçar a atenção sobre o desempenho do carro.

Sobretudo nos primeiros mil km rodados, que vão indicar como o motor está. De cara, reforce a atenção sobre os níveis de óleo e de água. Por exemplo, se eles se mantêm dentro da normalidade, e sobretudo se não há vazamentos.

Reparar se há fumaça do escapamento e na sua cor também faz toda diferença. A verdade é que se ela estiver branca demais, pode haver algum problema com o bloco ou o cabeçote. Afinal, isso tende a ocorrer quando está entrando água no seu motor.

Falando em quilometragem, outra dúvida comum é quantos mil quilômetros um motor retificado entrega. Na prática, se tudo for feito corretamente, ele deve durar tanto quanto o motor novo, saído da fábrica. 

O que, nos carros a gasolina/etanol, costuma ser algo entre 200 e 300 mil km. Isso falando das engenharias de ciclo Otto. Já no caso dos motores a diesel a situação muda completamente. É comum casos de motores que aguentaram até 1 milhão de km sem precisarem de manutenções invasivas.