Mais fresco que ar-condicionado: nanotecnologia promete uma revolução

Quem dirige há um tempo certamente já se deparou com o dilema do ar-condicionado. Isto é, aquela dúvida terrível sobre usar ou não. Afinal, em dias de muito calor o dispositivo gasta bem mais para ficar ligado. Pensando nisso, surgiu uma nanotecnologia.

Quem está por trás da inovação é uma startup israelense, chamada SolCold. A base da nanotecnologia é que a luz solar se torna a energia de um sistema de resfriamento. Ou seja, quanto mais calor, mais energia e mais o carro resfria. Entenda melhor abaixo!

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Nanotecnologia da SolCold: funcionamento

Até aqui já ficou claro que a ideia é realmente boa. A grande sacada da SolCold foi, justamente, transformar o que era o grande problema em solução. Isto é, transformar a própria luz do sol em “combustível” para o sistema de resfriamento.

Assim, o ar-condicionado não vai sugar o combustível do carro em dias de muito calor. Na prática, a nanotecnologia está aplicada em placas e painéis. Essas partes, por sua vez, ficam à altura do próprio teto do carro, captando a luz solar.

O sistema ainda conta com um princípio de funcionamento baseado na fluorescência anti-Stokes. Que nada mais é do que um esquema de conversão de energia. Ele é que recebe moléculas de luz, e então transforma em outro tipo de energia.

Dito de outro modo, os fótons do dia de sol entram e se tornam energia. Esta, por sua vez, alimenta normalmente o sistema de placas, que então criam a refrigeração. 

SolCold: testes no deserto de Israel

Tratando-se de uma startup israelense, que tal fazer um teste no deserto, não é mesmo? A SolCold aceitou o desafiou e para isso instalou o sistema em um Polo, da Volkswagen. Obviamente, estamos falando de um dos desertos mais quentes do mundo.

Para ter certeza de que o resultado não seria aleatório, um outro carro idêntico foi deixado à sombra. No fim da bateria de testes, o carro com o sistema nanotecnológico surpreendeu a todos. O interior de sua cabine registrava uma temperatura entre 12 e 14°C.

O carro que ficou à sombra estava bem mais quente. A diferença final fica entre 20 e 70% de resfriamento, quando o sistema da SolCold está instalado. Na verdade, o que mais interfere não é o calor externo, mas sim o tamanho interno da cabine do carro.

Seja como for, a tecnologia também pode ser vista como um modo de evitar certos acidentes trágicos. Como aqueles dos casos em que crianças ou animais são esquecidos dentro de um automóvel. O que ocasiona uma insolação não raro fatal.